E lá estava aquela janela , a janela que ele passava por de baixo dela todos os dias , em um ciclo viciante . Aquela janela em que ele já sonhara várias vezes poder estar dentro dela , sonhara várias vezes possuir só para si a dona dessa . Todos os dias passava por ali na esperança de poder desfrutar da imagem de sua amada a admirar a paisagem  ou quem sabe uma aparição rápida por entre seus afazeres .

E lá estava aquela porta , aquela porta que por várias vezes já si imaginou a tocar a campanhia , com um buquê das mais belas flores para aquela que ama , aquela  que talvez nunca saberá que alguém a ama tanto . Por um instante si sentiu totalmente hipnotizado pela porta , sentiu uma vontade enorme de atravessar a rua e a bate-la com toda a força , gritaria o nome de sua amada e ali ela abriria a porta , ele não a deixaria falar nada , jorraria todas aquelas palavras que ele guardou por tanto tempo , lhe falaria aquele poema que fez dedicado só para ela , lhe diria todo o sentimento que está dentro dele e enfim a beijaria com todo o amor que pudesse . Mas logo acordou daquela hipnotização e si pois a andar , antes que a janela lhe fugisse de vista , parou , a olhou e suspirou .

 _ Tenho que esquecê-la , pois um dia ainda fico louco . - e si foi.

 Logo ali , encima , naquela mesma janela , uma moça aparece a procura por algo que nem ao menos sabe o que é , de longe vê uma imagem de um homem " será que era ele ? " , si pergunta ela , " Anão, não podes ser . O que ele faria aqui ? Me ver , aah , faça-me rir" e sai da janela a procura do que fazer . Antes , vira-se para ela e suspira .

 _ Tenho que esquecê-lo , pois um dia ainda fico louca . - e si foi .