O relógio da pracinha anuncia, são tempos de mudanças, é hora de se reinventar. Os anos estão passando, as pessoas se transformando, trocando-se. As paisagens não são mais iguais, os sorrisos são diferentes, os sentimentos são diferentes, até o sol a olha de modo diferente. Os números da identidade estão aumentando, ficando mais distantes, transformando-lhe por completo a anatomia, já é maior de idade o senhor cérebro e a senhorita coração. As notas que ecoam pelas paredes oscilam, nessa interminável dança da metamorfose, uma dança que valseia pela pista com o desconhecido, cuidado, não tropece, olhe para o chão, não não, olhe para frente, na verdade não olhe, não escute, não fale, sinta, deixe que o parceiro lhe acompanhe, não pestaneje, sinta e vá. A borboleta está saindo do casulo, antes ela era uma lagarta, agora ela é uma borboleta, que voa, sem rumo, sem direção, sem pretensão, ela apenas, voa.
Cada vez adoro mais os teus textos.
ResponderExcluirBeijinhos.
Mudamos, transformamos, seguimos.
ResponderExcluirEu gosto da atmosfera que você coloca em seus textos. Você sutilmente nos obriga a respirar um pouo dos ares do seu mundo e honestamente, faz bem aqui.
As palavras breves e abstratas tocam fundo em quem tem a sensibilidade de entender suas verdadeiras intenções.
e é isso que o tempo faz, só é triste se vermos pelo lado de que, uma vez borboleta, lhe resta muito pouco tempo de viida.
ResponderExcluirmaraavilhosa a forma como o texto flui, viiu!
beeeijo!