6.4.13

Sou uma constância de sentimentos que transbordam dentro mim de tal forma que não sei codificá-los. Eles me atormentam, martelam em minha cabeça gritando palavras mudas. Meu coração palpita, minha mão gela, meu sorriso aparece e desaparece a cada enxurrada de sentimentos e eu navego dentro deles sem saber para onde ir. Me sinto perdida dentro de mim, em um labirinto que parece não ter fim, nele um dia faz sol, no outro faz chuva e eventualmente um arco-íris vem colorir de giz de cera meus sentimentos quase sempre preto e branco. Busco no dicionário significados para descrever o que sinto ou possivelmente sinto, mas as buscas sempre são em vão, nada ali me fala o que o meu coração, bobo e amassado pensa. Meu cérebro grita e esbraveja com meu coração o porque dele não entender até hoje porque fico mais feliz quanto estou com "ele", meu coração tenta explicar, mais os dois não falam a mesma língua. "Porque você não frequenta mais minhas aulas, meu caro aprendiz coração, assim você nunca aprenderá", meu cérebro sempre retruca. Tudo dentro de mim é um muito de nada, um pouco de muito, um grito desesperado de alguém que têm medo de sentir, que coloca o fone de ouvido para não escutar a si mesma. Que por fora é inteira, mas por dentro é só estilhaço.

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