15.11.13

Estou me sentindo uma criança perdida da mãe em pleno supermercado. É assim que me sinto a cada vez que você entra na minha vida e vai chegando assim desse seu jeito, sentando no sofá e mexendo em tudo. Eu fico olhando pra todos os lados tentando te achar, sem saber se vou pra frente ou pra trás, sempre com medo de me distanciar a cada passo de você. E isso tudo me faz tão mal, me sinto tão fora do eixo, fora do controle e você sabe que odeio não ter o controle das coisas. Mas o maior problema é que esse cheiro que fica quando você passa pela minha vida me faz um benzinho, essas borboletas no estômago me fazem quase, veja bem, eu disse quase, me fazer sair alguns centimetrolecos do chão. É que você sabe que para uma leonina de duas décadas de existência, voar com o coração na mão é manobra muito arrisca, merece cuidados e no nosso caso, muitos. A vida bem sabe, que depois de encontrar várias muralhas pelo nosso caminho e não achar nenhuma corda para subir, eu vou ali meio de lado, tentando achar um outro caminho, um pouco mais florido quem sabe, mas é que não da né. As borboletas sempre me levam pra perto daquele cheiro lá naquele corredor. Seguir seu caminho é difícil, é conturbado, esburacado, invariável, mas esse cheiro, a esse cheiro, ele não me deixa sair dele não.

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