14.8.12


Estou doente, doente da alma, o mundo lá fora é todo sol e eu procuro algo aqui dentro para me aquecer. Eu olho freneticamente a todos os cantos procurando um sabor de colo para degustar, um cheiro de beijo para sentir, um vulto de gente para agarrar. Eu vivo nesse transe frenético de idas e vindas pelo mundo tentando colecionar pessoas, emoções, sentimentos. Tenho uma caixa imensa onde em montes e cantos despejo meus pedaços de mundo, ele coitado, pulsa com dificuldade devido ao peso, nele está escrito "frágil" mais com o tempo as letras se apagaram e agora ninguém mais as vê, ninguém mais as respeita, nem eu, coitado, vive amarrotada, jogado, abarrotado, por alguém que vive procurando outras pulsações para sincronizar com a sua.

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